sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O NATAL E A FILOSOGIA DE VIDA.


De:
José de Lira Santana

Caríssimos e caríssimas,



Como estão?

Gostaria de compartilhar com vocês essa reflexão:
Natal: uma epístola para a humanidade

A celebração do Natal relembra aos povos o formidável dia em que o Divino entrou na história da humanidade para nos levar a buscar constantemente, respostas, à medida e ao modo de cada expressão subjetiva, à nossa sede de infinito. Essa sede, intrinsecamente humana, nos faz entender que, como dizia Sócrates: uma vida sem busca não é digna de ser vivida. Essa busca, que pode ser entendida como sendo, uma inclinação ao conhecimento, à sabedoria, mas também pode ser entendida como busca pela verdade, justiça, amor, companheirismo, busca pelo refazer-se e refazer planos, reconsiderar equívocos, recomeçar sempre do zero e assim, está aberto à felicidade, pois independente dos meios que empregamos, o fim deve ser o mesmo: ser feliz, parafraseando Blaise Pascal. O termo natal tem a ver com momento natalício, nascimento, novidade, origem, desse modo, é possível também, vivenciarmos esse momento como se fosse nosso nascimento, nosso momento natalício, como se fosse os nossos primeiros dias de vida em que o mundo – e tudo o que há nele – é uma coisa nova; algo que desperta sempre a admiração, e que deveríamos permanecer a vida toda tão receptivos e sensíveis às coisas, às pessoas, à natureza, ao mundo, aos sentimentos como se vivenciássemos tudo isso pela primeira vez! Quiçá, nossos natais tenham essa mesma dimensão: NASCIMENTO, MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO! Nesse sentido, Fernando Pessoa, nos leva uma reflexão contundente quando afirma que: há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Que essa busca natalina e cotidiana, sempre renovada, nos infunda a construir em nós, sobre base consistente, o princípio aristotélico, todavia, constitutivo do fazer-se humano: VIVER DE ACORDO COM O QUE HÁ DE MELHOR EM NÓS! Desejo-lhes, portanto, um Feliz Natal e um ano de 2012 repleto de buscas, não obstante, de felicidade!
Abração,

José de Lira Santana