sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O NATAL E A FILOSOGIA DE VIDA.


De:
José de Lira Santana

Caríssimos e caríssimas,



Como estão?

Gostaria de compartilhar com vocês essa reflexão:
Natal: uma epístola para a humanidade

A celebração do Natal relembra aos povos o formidável dia em que o Divino entrou na história da humanidade para nos levar a buscar constantemente, respostas, à medida e ao modo de cada expressão subjetiva, à nossa sede de infinito. Essa sede, intrinsecamente humana, nos faz entender que, como dizia Sócrates: uma vida sem busca não é digna de ser vivida. Essa busca, que pode ser entendida como sendo, uma inclinação ao conhecimento, à sabedoria, mas também pode ser entendida como busca pela verdade, justiça, amor, companheirismo, busca pelo refazer-se e refazer planos, reconsiderar equívocos, recomeçar sempre do zero e assim, está aberto à felicidade, pois independente dos meios que empregamos, o fim deve ser o mesmo: ser feliz, parafraseando Blaise Pascal. O termo natal tem a ver com momento natalício, nascimento, novidade, origem, desse modo, é possível também, vivenciarmos esse momento como se fosse nosso nascimento, nosso momento natalício, como se fosse os nossos primeiros dias de vida em que o mundo – e tudo o que há nele – é uma coisa nova; algo que desperta sempre a admiração, e que deveríamos permanecer a vida toda tão receptivos e sensíveis às coisas, às pessoas, à natureza, ao mundo, aos sentimentos como se vivenciássemos tudo isso pela primeira vez! Quiçá, nossos natais tenham essa mesma dimensão: NASCIMENTO, MUDANÇA, TRANSFORMAÇÃO! Nesse sentido, Fernando Pessoa, nos leva uma reflexão contundente quando afirma que: há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Que essa busca natalina e cotidiana, sempre renovada, nos infunda a construir em nós, sobre base consistente, o princípio aristotélico, todavia, constitutivo do fazer-se humano: VIVER DE ACORDO COM O QUE HÁ DE MELHOR EM NÓS! Desejo-lhes, portanto, um Feliz Natal e um ano de 2012 repleto de buscas, não obstante, de felicidade!
Abração,

José de Lira Santana

terça-feira, 31 de maio de 2011

BIOGRAFIA DA BEATA IRMÃ LINDALVA





Beata Lindalva Justo de Oliveira, fdc



Beata Lindalva Justo de Oliveira

Mártir

religiosa Filha da Caridade




Lindalva nasceu em 20 de outubro de 1953, no pequeno povoado Sítio Malhada da Areia, município de Açu, Rio Grande do Norte. Filha do segundo matrimonio de João Justo da Fé (viúvo) e Maria Lúcia da Fé, de cujas núpcias nasceram 12 filhos.

Lindalva, a sexta filha do casal, já dava sinais de uma especial predestinação divina, pois entregava-se com naturalidade ás práticas de piedade. Cresceu como menina normal, de aspecto gracioso, piedosa e muito sensível para com os pobres, de tal forma que ainda jovem surpreendeu a família doando as próprias roupas aos necessitados. Transferindo-se para Natal, estudava e trabalhava para se manter e ajudar a família, e todos os dias visitava os idosos do Instituto Juvino Barreto.

Após concluir o segundo grau passou a cuidar do pai, idoso e doente, com todo carinho e paciência. Quando este faleceu, Lindalva, aos 33 anos, entrou para a Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo: queria servir a Cristo nos pobres.

Não foi fácil adaptar-se à nova vida, mas com a graça de Deus foi progredindo na sua caminhada espiritual, passo a passo, renúncia após renúncia. Dizia sempre: “Amo mais a Jesus Cristo do que a minha família”.

Foi superando as etapas de sua formação religiosa na prática das virtudes, no amor à oração, à obediência alegre, sincera e compreensiva. Lutava para corrigir seus próprios defeitos e crescer no caminho da perfeição. Suas superioras estavam muito contentes com ela, notando sua disponibilidade e grande amor aos pobres.

Terminado o período do noviciado foi enviada para o Abrigo Dom Pedro II, em Salvador, BA, recebendo o ofício de coordenar uma enfermaria com 40 idosos, sendo responsável pela ala do pavilhão masculino. Fez curso de Enfermagem para poder dedicar-se melhor aos seus doentes e idosos. À caridade unia o zelo espiritual por seus assistidos, procurando levá-los para Cristo pela boa palavra. Sua conduta era impecável, alegre, pura, modesta e caridosa para com todos. Encontrava ainda tempo para visitar os pobres à domicílio, e procurava meios para suprir suas necessidades materiais. Lindalva sentia-se feliz e realizada no seu trabalho.



Seu martírio



Toda santidade passa pelo crisol do sofrimento. Em 1993, devido a uma recomendação, o abrigo acolheu entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e chegou até mesmo a manifestar-lhe suas intenções. Ela começou a ter medo, e procurou afastar-se o mais que pode. Confidenciou-se com outras irmãs e refugiava-se na oração. Seu amor aos velhinhos a mantiveram no abrigo, e chegou a dizer a uma irmã: “prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”.

Por não ser correspondido, Augusto foi à Feira de São Joaquim na Segunda-feira Santa e comprou uma peixeira, que amolou ao chegar no abrigo. Não dormiu na noite de quinta para sexta-feira santa. De manhã, Irmã Lindalva havia participado da Via-Sacra, ao raiar da aurora, na paróquia da Boa Viagem. Ao regressar, foi servir o café da manhã aos idosos. Subiu as escadarias da enfermaria, como se estivesse subindo para o calvário, e pôs-se a servir pão com café e leite para os internos da ala masculina. Todos eles estavam em fila, esperando a vez. A irmã, compenetrada com o café, tinha a cabeça baixa quando sentiu um toque no ombro: virou-se e teve tempo apenas de ver o rosto enraivecido do homem que conhecera havia poucos meses... Em seguida, foram dezenas de facadas, pontilhadas por todo o corpo. Tudo diante do semblante horrorizado dos velhinhos que assistiam à cena bem em frente à mesa de café. Um senhor ainda tentou evitar a tragédia, avançando sobre o assassino. Mas Augusto Peixoto estava decidido e, ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Terminado o crime, foi esperar a polícia sentado em um banco na frente da casa. Do abrigo, ele foi para Casa de Detenção e, posteriormente, parou no Manicômio Judiciário. Passados dez anos, os laudos psiquiátricos indicam que ele já não apresenta mais perigo à sociedade. Mas Augusto não tem para onde ir, e o manicômio é sua única casa. Hoje se diz arrependido, e não sabe como foi capaz de fazer aquilo.

Os médicos legistas contaram no corpo de Ir. Lindalva 44 perfurações. Naquela sexta-feira santa, enquanto Cristo morria na cruz, ela morria na sua enfermaria. Cristo levou 39 açoites, e com as 5 chagas, dos pés, mãos e costado, ao todo 44, unia simbolicamente a morte de Lindalva à sua paixão, que um pouco antes ela acabara de celebrar na Via-Sacra. Com impressionante realismo ela agora podia repetir as palavras de Cristo no Evangelho: “Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos” (Mt 20, 28).

À noite, a procissão do Senhor Morto, que todos os anos passava por aqueles quarteirões, parou na Capela do abrigo. O caixão com corpo de Ir. Lindalva foi trazido e colocado entre o féretro do Senhor Morto e a estátua de Nossa Senhora das Dores. Por toda aquela noite ali compareceu uma multidão de fiéis, padres, religiosos, pessoas de todas as condições sociais, e até mesmo evangélicos, vindos de toda a cidade. Pela manhã do Sábado Santo Dom Lucas Moreira Neves, então Cardeal Primaz de Salvador, celebrou as exéquias. Na missa do domingo in albis ele comentou que poucos anos de vida religiosa foram suficientes para que ela recebesse a graça do martírio, pois deu a sua vida por amor, como São Maximiliano Maria Kolbe, também mártir. E evocando as “sugestões que o seu nome encerra”, disse: “Linda alva é a branca veste que ela, como cada cristão, recebeu no seu batismo; Linda alva é o seu hábito azul de Irmã de Caridade, agora alvejado no Sangue do Cordeiro (Ap. 7, 14) ao qual se misturou o seu sangue; Linda alva é a límpida aurora da Páscoa de Jesus, que raiou para ela três dias depois da sua trágica sexta-feira santa. Límpida aurora – linda alva – da sua própria Páscoa!”



Oração para suplicar a Beatificação
“Pai Santo, vosso amor seduziu o coração de Irmã Lindalva

que se deixou guiar pelo dever de cuidar do seu pai e, em seguida,

pela obediência da fé, escolher a Vida Consagrada. No Carisma Vicentino, dedicação plena aos mais abandonados, sua vida ganhou, também na Sexta-feira Santa, a coroa do martírio. Seu hábito azul de Filha da Caridade, tingido de Sangue, tornou-se Linda Alva no Sangue do Cordeiro. Concedei-nos, vos pedimos, a graça de sua beatificação afim de que ela, na Igreja, inspire a

oferta de muitos e seja a testemunha perene da límpida aurora da

Páscoa de Jesus, o Filho Amado, que convosco vive e reina na

unidade do Espírito Santo. Amém.”





Dia da memória litúrgica: 7 de janeiro

Restos Mortais: na capela do Abrigo Dom Pedro II, desde 3/mar/2001 (no abrigo onde trabalhava e foi assassinada: Av. Luiz Tarquínio, 20 – Boa Viagem, Salvador, BA).

Causa de canonização: sediada na Arquidiocese de Salvador, BA. Ator: Província do Recife da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo (vicentinas)[1].

Nihil obstat em 19/out/1999; exumação em 30/mai/2000; processo informativo diocesano iniciado em 17/jan/2000[2] e encerrado em 3/mar/2001; publicação da positio: 26/jul/2002!; comissão dos Teólogos em 26/set/2006. Decreto sobre o Martírio em 16/dezembro/2006; Beatificação em 2/dezembro/2007. Postulador: Frei Paolo Lombardo, OFM; vice-Postuladora: Irmã Célia B. Cadorin, ciic.

Bibliografia sobre Irmã Lindalva:

Serva de Deus Lindalva Justo de Oliveira, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Opúsculo xerografado Pela Congregação das Filhas da Caridade, 2001

Gaetano PASSARELLI. O sorriso de Lindalva. Recife: Gráfica Dom Bosco, 2003, 91 p.

Site: http://www.vincenziani.com

http://www.vincenziani.com/LINDALVA.htm (biografia)


Para comunicar graças alcançadas pela serva de Deus:

Cúria Provincial das Filhas da Caridade

Rua Henrique Dias, 208 Boa Vista

50070-140 Recife PE

Tel.: (81) 4009 9609 ou 4009 9600

aspvrsec@veloxmail.com.br (informações com Ir. Leonete Custódio, FC)



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[1] As irmãs vicentinas contam com o incentivo e apoio do Arcebispo de Salvador, Cardeal Geraldo Majella Agnelo.

[2] Na mesma cerimônia foi instalado o Processo Canônico de Ir. Dulce Lopes Pontes (C.21).

sábado, 15 de janeiro de 2011

Papa Bento XVI cria, na Inglaterra, ORDINARIATO PESSOAL DE NOSSA SENHORA DE WALSINGHAN para ex-anglicanos convertidos à Igreja Católica e nomeia Prelado.




PAPA BENTO XVI CRIA, NA INGLATERRA, ORDINARIATO PESSOAL DE NOSSA SENHORA DE WALSINGHAN, para ex-anglicanos convertidos à Igreja Católica e nomeia Prelado.

15 / 01/ 2011




Beato Cardeal John Henry Newman –
Patrono do “Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham” –
Ordinariato para ex-anglicanos que se converteram à Igreja Católica.





PAPA NOMEIA ORDINÁRIO PARA EX-ANGLICANOS

Cidade do Vaticano, 15 jan (RV) - Bento XVI nomeou o Rev. Keith Newman, neste sábado, primeiro Prelado do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham. O Rev. Newman, juntamente com o Rev. Burnham e o Rev. Broadhurst, cuidará da preparação catequética dos primeiros grupos de anglicanos da Inglaterra e País de Gales que, na próxima Páscoa, serão acolhidos no seio da Igreja Católica, junto com seus pastores, assim como também o acompanhamento dos ministros que se estão preparando para ser ordenados ao sacerdócio católico, na próxima solenidade de Pentecostes.

O Rev. Keith Newton, nomeado pelo Santo Padre primeiro Ordinário do Ordinariato Pessoal, tem 58 anos, é natural de Liverpool, onde nasceu no dia 10 de abril de 1952, é casado com Gill Donnison e tem três filhos. Ordenado diácono na Igreja Anglicana em 1975, e presbítero dois anos depois, desempenhou diversos ministérios na Inglaterra e também no Malaui.

Foi ordenado bispo anglicano no dia 7 de março de 2002, pelo então Arcebispo de Cantuária e Primaz da Comunhão Anglicana, Dr. George Carey, desempenhando, de 2002 a 2010, o ministério de Bispo Sufragâneo de Richborough e o encargo de Visitador Episcopal Provincial, da Província de Cantuária.

Juntamente com sua esposa, foi acolhido na plena comunhão da Igreja Católica, no dia 1º de janeiro de 2011, em cerimônia presidida pelo bispo auxiliar de Westminster, Dom Alan Stephen Hopes.

Em conformidade com as disposições da Constituição Apostólica “Anglicanorum coetibus”, do Papa Bento XVI, de 4 de novembro de 2009, e após cuidadosa consulta com a Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, a Congregação para a Doutrina da Fé erigiu, na data de hoje, um Ordinariato Pessoal no território da Inglaterra e Gales, para aqueles grupos de pastores e fiéis anglicanos que manifestarem o desejo de entrar na plena comunhão visível com a Igreja Católica.

O decreto que institui o Ordinariato especifica que este será denominado “Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham” e terá como patrono o Beato Cardeal John Henry Newman.


Neste sábado, 15 de janeiro, na Catedral de Westminster, em Londres, o arcebispo de Westminster, Dom Vincent Gerard Nichols, conferiu a ordenação sacerdotal católica a três ex-bispos anglicanos: Rev. Andrew Burnham, Rev. Keith Newton e Rev. John Broadhurst.


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BEATIFICAÇÃO do Cardeal John Henry Newman


Memória do
Beato John Henry Newman celebrada pela primeira vez.
BEATIFICAÇÃO do Cardeal John Henry Newman
Cardeal inglês foi beatificado pelo Papa Bento XVI a 19 de Setembro de 2010


A Igreja Católica celebra hoje, 9 de Outubro, pela primeira vez, a memória litúrgica do Cardeal John Henry Newman, beatificado por Bento XVI a 19 de Setembro, em Birmingham (Reino Unido).
A data assinala a conversão do anglicanismo ao catolicismo, em 1845, de uma das maiores figuras eclesiais no século XIX.
Forte influência na vida e pensamento de Joseph Ratzinger, Newman é reconhecido como um notável escritor, pregador e teólogo, que James Joyce apelidava o “maior dos escritores ingleses em prosa”.
Nascido em Londres a 21 de Fevereiro de 1801 e falecido a 11 de Agosto de 1890, John Henry Newman converteu-se do anglicanismo ao catolicismo aos 44 anos.
Antes da sua conversão, foi uma das figuras principais do Movimento de Oxford, que procurava aproximar das suas raízes a Igreja Anglicana da Inglaterra, na qual era clérigo.
Após a sua conversão foi ordenado padre católico em Roma, no ano de 1847, e encorajado pelo Papa Pio IX regressou à Inglaterra, onde fundou o oratório de S. Filipe Neri.
Escritor prolífico, como recorda o Vaticano na sua biografia oficial, Newman abordou diversas matérias com destaque para a relação entre fé e razão, a natureza da consciência e o desenvolvimento da doutrina cristã, obras que lhe valeram grande reconhecimento do mundo católico e que influenciaram mesmo o Concílio Vaticano II, nos anos 60 do século XX.
Em 1879, com 78 anos de idade, foi criado Cardeal por Leão XIII, tendo morrido no ano de 1890, em Birmingham.
A 22 de Janeiro de 1991, o Cardeal Newman foi declarado venerável por João Paulo II, uma vez comprovada a heroicidade das suas virtudes.
Durante o processo de beatificação, os seus restos mortais foram transladados do pequeno cemitério de Rednall Hill, nos subúrbios de Birmingham, onde estava enterrado juntamente com Ambrose St. John, também convertido ao catolicismo, para o Oratório São Felipe Neri de Birmingham.
O Cardeal Newman foi uma figura muito popular no seu tempo: a sua conversão teve grande impacto na sociedade vitoriana e restaurou o prestígio da Igreja Católica na Inglaterra.
A sua autobiografia espiritual “Apologia pro vita sua” (1864) é vista por muitos como a maior obra do género desde as célebres “Confissões”, de Santo Agostinho.
Foi este o homem escolhido por Bento XVI para o momento mais importante da sua primeira visita de Estado ao Reino Unido, de 16 a 19 de Setembro de 2010, um Cardeal inglês que o atual Papa Bento XVI apresentou recentemente com “extraordinário exemplo de fidelidade à verdade”, mesmo “à custa de um considerável sacrifício pessoal"

CANDIDATOS E CANDIDATAS PARA SEREM BEATOS E BEATAS.

CANDIDATOS E CANDIDATAS PARA SEREM BEATOS E BEATAS.

Cidade do Vaticano, - O Papa Bento XVI reconheceu hoje, 14 Janeiro de 2011, as "virtudes heróicas", de Valencian Faustino Perez-Manglano Escasso, que nasceu em 1946 e faleceu em1963; este é o primeiro passo para ser declarado santo.
Perez-Manglano Escasso, nascido em Valença no dia 4 de agosto de 1946 e falecido em 03 de março de 1963, era o estudante e o postulante dos pais Marianistas.
O Papa Bwento XVI também promulgou hoje essas "virtudes heróicas" da brasileira, Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nha Chica".

Além estas duas promulgações, o Pontífice assinou hoje os Decretos que reconhece os milagres praticados pelas italianas Antonia María Verna, nascida em 1773 e falecida em 1838, fundadora do Instituto das Irmãs da Caridade Imaculada Conceição de Ivrea, e José Toniolo secular, pai de familia, nascido em Treviso em 1845 e falecido na cidade de Pisa em 1918.

A aprovação dos milagres abre as portas à beatificação dos dois italiano.

Também serão beatificados cinco freiras bosnias assassinadas pelos Nazistas durante o Segunda Guerra Mundial, entre os dias 15 e 23 de dezembro de 1941;
Mortas por causa do ódio dos nazistas contra a religião e a fé em Deus que as cinco freitas Kata Ivanisevic, Teresia Banja, Giuseppe Bojac, Giuseppe Fabjan e Carolina Ana Leidemix, irmãs do Instituto das Filhas da Divina Caridade, representavam.

PAPA BENTO XVI BEATIFICOU SEU ANTECESSOR: JOÃO PAULO II.





PAPA BENTO XVI BEATIFICOU SEU ANTECESSOR JOÃO PAULO II

NA FESTA DA DIVINA MISERICÓRIDA,
O PAPA JOÃO PAULO II FOI BEATIFICADO.

O Papa Bento XVI no dia 1° de maio de 2011 a beatificou seu antecessor, João Paulo II. Há seis anos, quando a morte de João Paulo II comoveu seguidores de todas as religiões, o Papa Bento XVI autorizou a abertura do processo de beatificação um mês depois. Dispensando a espera de cinco anos prevista nas leis do direito canônico.
Mas a investigação do milagre foi cuidadosa, afirmou o porta-voz do Vaticano. Segundo a igreja, a freira francesa Marie Pierre Simon se curou do Mal de Parkinson por intervenção de João Paulo II, que sofreu da mesma doença.
O padre Federico Lombardi lembrou que o dia escolhido, o primeiro domingo depois da Páscoa, foi instituído por Karol Woitila como a Festa da Divina Misericórdia. O Papa polonês morreu em dois de abril de 2005.
Para a cerimônia, o caixão com o corpo de João Paulo II será retirado da gruta vaticana e levado para a basílica de São Pedro, mas não será aberto, nem exposto. Bento XVI vai comandar a celebração.
Nesta sexta, foi anunciado também o reconhecimento das virtudes heróicas de Nhá Chica. A brasileira de São João Del Rey, conhecida pelas obras de caridade, agora está mais perto da beatificação. As informações são da TV Globo.

VIRTUDES HERÓICAS DA ESCRAVA E FRANCISCANA SECULAR: Nhá Chica.




CANDIDATA PARA SER SANTA – (Lv. 11, 44-45; Lv. 19, 2)

Francisca de Paula de Jesus, pertencente a Ordem Franciscana Secular, que na sua época chamava-se: Odem Terceira Franciscana, conhecida popularmente como Nhá Chica, nasceu em 1808, no povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, um dos atuais cinco distritos de São João del-Rei, município do estado brasileiro de Minas Gerais, onde também foi batizada. Pouco tempo depois sua família mudou-se para a cidade de Baependi, no sul deste estado, onde viveu até 14 de junho de 1895, data de seu falecimento, porém só foi sepultada dia 18 de junho no interior da capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, construída por ela.
É considerada por muitos católicos como santa, de modo que o processo de beatificação e canonização já se encontra em tramitação no Vaticano
Biografia
Filha e neta de escravos, Francisca de Paula de Jesus ficou órfã aos dez anos. Mulher humilde, era fervorosa devota de Nossa Senhora da Conceição, e, a pedido da mãe, passou a vida inteira a dedicar-se à prática de caridade. Leiga extraordinária, foi chamada ainda em vida de "a mãe dos pobres". Respeitada por todos que a procuravam, desde os mais humildes aos homens do Império. Durante 30 anos, reuniu doações para construir a capela de Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição, na cidade mineira de Baependi.Francisca de Paula de Jesus também era conhecida com "Nhá Chica".
Beatificação e Canonização
Nhá Chica, já em vida, passou a ser aclamada pelo povo como a Santa de Baependi, por sua fé e clarividência. O Processo Informativo Diocesano começou em 16 de julho de 1993, tendo sido encerrado em 1995, quando foi para Roma. O Relator deste processo foi o Pe. José Luís Gutiérrez. A causa ficou parada até 1998, quando assumiram como Postulador Frei Paolo Lombardo, OFM e como vice-postuladora Ir. Célia Cadorin, Ciic.
Em 18 de junho de 1998 foi feito o reconhecimento dos restos mortais de Nhá Chica, na presença de autoridades eclesiásticas, de membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica, da Comissão Histórica e de médicos legistas. Ainda em 1998, o Tribunal Eclesiástico Pela Causa de Beatificação de Nhá Chica apresentou à Diocese de Campanha um provável milagre para ser enviado e analisado pelo Vaticano.
A causa de Canonização de Nhá Chica está aguardando desde 2007 o anúncio de sua beatificação. Em 2007uma graça foi atribuída a Nhá Chica referente a uma professora Ana Lúcia Meirelles Leite, moradora de Caxambu, em Minas Gerais.
Ana Lúcia foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas orações de Nhá Chica. O fato se deu em 1995. A graça foi aceita pelo Vaticano, que analisa o pedido de beatificação. O início da campanha pela canonização se deu em 1952. A instalação da Comissão em prol da Beatificação teve início em 1989 e depois em definitivo foi instalada em 14 de janeiro de 1992.
A publicação da Positio, documento que reúne todos os dados e testemunhos recolhidos durante a fase Diocesana, corresponde à primeira etapa do processo de beatificação e aconteceu no dia 30 de outubro de 2001. O documento seguiu para o Vaticano para ser apreciado pela Congregação para as Causas dos Santos.
Em 30 de abril de 2004, os bispos brasileiros reunidos em sua 42ª Assembléia Geral da CNBB assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.
No dia 8 de junho de 2010, a Congregação para as Causas dos Santos deu parecer favorável às virtudes da Serva de Deus Nhá Chica.
No dia 14 de janeiro de 2011 o Papa Bento XVI aprovou o decreto da Congregação para as Causas dos Santos sobre as virtudes heróicas da Serva de Deus. Nhá Chica pode receber o título de Venerável, estando assim mais próxima da beatificação.
Aguarda-se o reconhecimento, por parte da Santa Sé, do milagre da cura, atribuído à intercessão de Nhá Chica, da professora de Caxambu, Ana Lúcia Meirelles Leite que sofria de problemas cardíacos

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

BEATIFICADA IRMÃ LINDALVA

BEATA IRMÃ LINDALVA


A cerimônia de beatificação de Irmã Lindalva reuniu, no estádio do Barradão, em Salvador, no domingo 3 de dezembro de 2007, e 25 mil fiéis, além de 300 religiosos da Arquidiocese de Salvador e de outros Estados.

BEATA IRMÃ LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA
Lindalva nasceu no Sítio Malhada da Areia, no município de Açu, no Rio Grande do Norte. Filha do segundo matrimônio do agricultor João Justo da Fé – viúvo com três filhos – com a jovem Maria Lúcia da Fé. Lindalva foi a sexta, dos treze filhos do casal. Em 1982 seu pai faleceu de um câncer no abdômen, tendo tido a assistência de Lindalva nos últimos meses de vida. Após a morte do pai, iniciou um curso de técnica em enfermagem, bem como de violão. A partir de 1986 passou a freqüentar o movimento vocacional das Filhas da Caridade, iniciando o seu processo de discernimento vocacional à vida religiosa.

No final do ano de 1987, pediu ingresso na congregação. No dia 28 de novembro de 1987 recebeu o sacramento da crisma das mãos de Dom Nivaldo Monte, arcebispo de Natal. No dia 28 de dezembro do mesmo ano recebe carta da madre provincial das Filhas da Caridade aceitando-a ao postulantado da congregação. No dia 29 de janeiro de 1991, Irmã Lindalva é enviada para a Bahia, onde trabalhará no Abrigo Dom Pedro II, no bairro do Roma, na cidade baixa, em Salvador. Esta instituição, fundada em 1887, presta assistência a idosos empobrecidos. Irmã Lindalva é destinada a um pavilhão que atende a 40 anciãos.

Todos os testemunhos colhidos para o processo de beatificação relatam sua simplicidade, cordialidade e alegria com que tratava a todos. Realiza serviços simples e humildes para os idosos internos.

Durante um retiro espiritual, em janeiro de 1993, parafraseando São Vicente de Paulo, afirma sentir-se mais realizada e feliz no seu trabalho que o Papa em Roma. Em janeiro de 1993, devido a uma recomendação, o abrigo teve que acolher entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos, que não tinha direito de ser interno, em virtude de sua idade. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e tornou-se insistente e inconveniente. A religiosa, com medo, procurou afastar-se o mais que pode de Augusto. Narrou a situação a outras irmãs e intensificou sua vida de oração. Seu amor aos idosos a mantiveram no abrigo, e chegou a confidenciar a uma coirmã: “prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”.
Os internos repreendem Augusto e insistem para que Irmã Lindalva relate o fato ao diretor do serviço social do abrigo. No dia 30 de março a funcionária Margarita Maria Siva de Azevedo, repreende Augusto.

Augusto dirigiu-se à Feira de São Joaquim no dia 5 de abril de 1993, Segunda-Feira Santa, e comprou uma faca peixeira que amolou ao chegar no abrigo. No amanhecer do dia 9 de abril de 1993, Sexta-Feira Santa, Irmã Lindalva participou da Via-Sacra, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Ao regressar, serviu o café da manhã aos idosos, como de costume. A irmã – ocupada com o serviço – não percebeu que Augusto se aproximava. Foi surpreendida com um toque no ombro. Ao virar-se, recebeu os golpes que lhe tiraram a vida. Um senhor ainda tentou intervir; mas Augusto ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Após o crime, o assassino foi esperar a polícia sentado em um banco, na frente do abrigo. Após condenação, foi internado em um manicômio judiciário. Os médicos legistas identificaram 44 perfurações no corpo da religiosa. Imediatamente seu assassinato foi identificado pela comunidade católica como martírio, e associaram a tragédia às celebrações da Sexta-Feira da Paixão.